Monthly Archives: August 2013

Direitos Autorais – Dicas Para o Escritor Iniciante 2

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O que é o Registro na Biblioteca Nacional?

E uma certificação que comprova que o texto é de sua autoria e você tem direito legal sobre ele.

Por que registrar o seu conto/livro na Sessão de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional?

Em primeiro lugar essa é uma exigência de todas as editoras sérias, independentes ou não, para que seu livro seja avaliado para posterior publicação. Em segundo lugar para garantir que, em caso de plágio, a comprovação legal da autoria será fácil e sem necessidade de reunir provas, testemunhos e passar por longas audiências.

Como fazer:

1 – Seu texto tem que estar revisado, faça uma revisãoo profissional como sugerido no capítulo anterior ou peça a um amigo com bons conhecimentos ortográficos para fazê-lo.

2 – Imprima seu texto em papel formato A4, fonte Times New Roman corpo 12, margens de 2 a 3 cm e espaçamento entre as linhas de 1,5. Não é obrigatório, mas torna mais padronizado como os outros textos recebidos pela Biblioteca Nacional, além deste formato ser interessante quando apresentá-lo às editoras.

3 – As páginas devem estar numeradas, também é recomendável fazer um cabeçalho com o nome do livro e do autor.

4 – Dê um visto em todas as páginas.

5 – Não encaderne ou grampeie. Coloque as folhas soltas num envelope.

6 – Imprima o formulário”Requerimento Para Registro E/Ou Averbação” que está no site da Biblioteca Nacional, na área de Reserva de Direitos Autorais e preencha.

7 – Preencha a GRU no mesmo site e imprima. Pague a taxa de registro.

8 – Envie pelo correio em encomenda registrada ou entregue pessoalmente à Biblioteca Nacional os seguintes documentos:

Envelope com a cópia do seu texto

Cópias de RG e CPF

Cópia de Comprovante de Endereço

GRU paga

Formulário preenchido.

 

Após um período de 20 a 90 dias, dependendo da região em que mora e se a entrega foi feita pessoalmente ou pelo correio, você receberá a sua certificação com o número do registro que poderá ser inserido nas cópias que serão enviadas às editoras para avaliação.

Não é possível fazer o registro eletronicamente.

ISBN (International Standard Book Number)

O ISBN não é o registro de direitos e não funciona como documento legal, ele é um código de produto para venda no mercado nacional e internacional, que serve para identificar o livro, inclusive quanto à edição. A Biblioteca Nacional representa a ISBN no Brasil, por isso é necessário tirar antes o Registro na Biblioteca e depois o ISBN. O ISBN fica a cargo das editoras, sejam elas independentes ou tradicionais e é obrigatório por Lei.

Então você não deve se preocupar com este registro, a única exceção se aplica quando o autor decide se autopublicar, como sugerido no capítulo 24, pois faz parte dos processos das empresas/editoras. Ao entrar no site www.isbn.bn.br você terá que fazer seu cadastro como editor. Aconselho consultar a seção “Dúvidas Frequentes”, para que tenha uma ideia da questão administrativa envolvida neste registro, pois enquanto o Registro na Biblioteca permite fazer alterações no texto através de averbações. No ISBN, qualquer alteração necessitará de um novo registro, com novo procedimento e taxas.

O Escritor com Método e Disciplina – Dicas para o Escritor Iniciante 1

/>Pensando em ser escritor?

Do meu ponto de vista, existem alguns tabus em relação ao perfil do escritor ou de qualquer artista.
1 – Método e disciplina não fazem parte de sua vida. “O artista/escritor é um ser desleixado, desorganizado, desligado que recebe insights divinos e/ou extraterrestres.”
Picasso produziu até o fim dos seus dias, todos os dias. Aos 92 anos ele levantava entre 5 e 6 da manhã e produzia suas obras, como fez sua vida inteira.

2 – O escritor precisa de um ambiente silencioso e isolado para escrever. Não pode sofrer interferências externas durante o processo criativo.
Não que discorde deste axioma, procuro escrever pelas manhãs, quando ninguém está em casa para atrapalhar. Também não concordo completamente. Escrevi dois capítulos de um livro durante minhas férias na casa de minha prima, parte deles enquanto ela conversava comigo sobre receitas e orquídeas. Não há nada mais isolado e silencioso que nossos pensamentos.
3 – Pare tudo o que você estiver fazendo e escreva quando tiver uma boa ideia porque ela pode se perder. Nada é menos construtivo do que este dito. Anote umas palavras se quiser, só não acredite que a inspiração é algo que se perde. Se aquela ideia específica se perder, não é o fim do mundo; outras ideias, talvez melhores que aquela, virão sem dúvida.

10% talento 90% trabalho

Organizar seu espaço de trabalho; virtual e físico é um bom começo.
Mesmo trabalhando quase inteiramente no computador eu mantenho a mão um pequeno bloco de notas. Este bloco não serve só para anotar uma ou outra ideia que surge inesperadamente. Serve para outros fins também: itens de pesquisa, sites interessantes, contatos, desenhos etc.

1 – Pesquisa: teve uma ideia depois de assistir um filme, ler um livro, sonhar etc. Quer pensar na ideia e desenvolver um trabalho. Pesquise sobre o que vai escrever. A pesquisa em si é uma grande fonte de inspiração.

2 – Planejamento: o que é mais importante no seu trabalho agora? Os personagens; a ação; o ambiente – um misto destes três, ou o tema? Delineie linhas básicas para esses aspectos e depois os construa à medida que escrever.

3 – Rotina: determine um tempo dentro de sua rotina para escrever. Uma carga horária específica – pode ou não ser todos os dias, fins de semana, quartas e quintas etc. Cumpra seus horários como se fosse seu trabalho ou sua escola. Pare quando você tiver que parar e recomece quando tiver que recomeçar.

4 – Sequência: leia o que você escreveu antes; releia tudo (ou boa parte) quando terminar de escrever o novo trecho do trabalho. Este trabalho sequencial é muito importante para não diferenciar uma parte e outra da história, evitar erros de enredo e continuidade e principalmente para que o autor entre no livro. Como um ator que precisa de um tempo para entrar no personagem, o escritor precisa entrar no livro antes de escrevê-lo.

5 – Destravando: (Faço aqui um aparte, pois há dois tipos de escritores: aqueles que dedicam boa parte do seu tempo a escrever “obras-primas”; portanto levam anos para desenvolver seus livros, pesquisando e reescrevendo. E há aqueles que gostam de escrever histórias, não importa que sejam ou não “obras-primas”. No primeiro caso o travar sugere que a espera possa ser longa, no segundo é letal.)
Este é um conselho para o segundo tipo de escritor: se escreveu até um ponto do livro e não sabe como continuar, espere uns dias e veja se alguma ideia nova surge. Não surgiu, volte atrás, reescreva o último capítulo e continue deste ponto. Também pode fazer um capítulo extra, por exemplo, contando um fato do passado de algum personagem. Pode usar ou não os textos posteriormente. Só não deixe seu trabalho pegando mofo.

6 – Perdendo o ritmo: você ou alguém que está lendo sua história percebeu que ela não tem mais o brilho ou o colorido que tinha antes, ou alguns personagens estão fora das suas características. Geralmente se perde o ritmo por que o escritor está com problemas (ou não – uma vida conturbada fez você escrever uma história conturbada e então as coisas ficaram mais calmas) que estão interferindo na história ou se ficou muito tempo sem escrevê-la. Volte ao item 4 e procure pela ponta da fita ‘durex’ que ficou invisível, peça ajuda para encontrar, depois volte ao item 5.

7 – Prazo: estabeleça um prazo para terminar o trabalho (escritor tipo 2): um bom prazo são 4 meses para um livro de aproximadamente 200 páginas.